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  • Atualização: 10/06/2015

27.7.11

Apesar de terem um fim semelhante: ajudar o homem a construir um bom caráter para ser humanamente íntegro; a ética e a moral são muito distintas.

 


Moral


- A moral tem um caráter prático imediato, visto que faz parte integrante da vida cotidiana das sociedades e dos indivíduos, não só por ser um conjunto de regras e normas que regem a nossa existência, dizendo-nos o que devemos ou não fazer, mas também porque está presente no nosso discurso e influencia os nossos juízos e opiniões. 

A moral também se apresenta como histórica, porque muda ao longo do tempo e difere no espaço, assim como as próprias sociedades e os costumes que tradicionalmente se aceitam em determinado grupo.
A moral estabelece normas de convivência social (normatiza as relações entre sujeitos) mesmo que não sejam efetivamente cumpridas. Ainda que o homem desrespeite as normas morais, ele sempre reconhece sua importância e o poder que elas têm sobre ele.

A normatização da Moral obedece a três princípios: Auto-obrigação, Universalidade, Incondicionalidade:
Auto-obrigação – o indivíduo se obriga a segui-las pelo valor mesmo da norma, até independentemente das condições que o cercam.
Universalidade – o indivíduo julga o mundo a partir dessas normas. Dando validade universal a esta norma.
Incondicionalidade – visto que não estão sujeitas a prêmios ou penalizações a conduta moral é praticada sem outra intenção, finalidade.

No entanto, uma norma moral não pode ser considerada uma lei, apesar da semelhança, porque não está escrita, mas sim como base das leis, pois a grande parte das leis é feita tendo em conta normas morais. Outra importante característica da moral (e esta sim a difere da lei) é o fato desta ser relativa, porque algo só é considerado moral ou imoral segundo um determinado código moral, sendo este diferente de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo etc.


Ética


- A ética, pelo contrário, é uma reflexão filosófica, logo puramente racional, sobre a moral. Assim, procura justificá-la e fundamentá-la, encontrando as regras que, efetivamente, são importantes e podem ser entendidas como uma boa conduta a nível mundial e aplicável a todos os sujeitos, o que faz com que a ética seja de caráter universalista, por oposto ao caráter restrito da moral, visto que esta pertence a indivíduos, comunidades e/ou sociedades, variando de pessoa para pessoa, de comunidade para comunidade, de sociedade para sociedade.

O objeto de estudo da ética é, portanto, o que guia a ação: os motivos, as causas, os princípios, as máximas, as circunstâncias; mas também analisa as consequências dessas ações. Finalmente, a ética tem como objetivo fundamental levar a modificações na moral, com aplicação universal, guiando, orientando, racionalmente e do melhor modo a vida humana.

A ética possibilita análise crítica para atribuição de valores. Pode ser ao mesmo tempo especulativa (pensar os valores) e normativa. Tem uma posição crítica diante da sujeição a uma lei exterior ou à vontade de outrem, como da ausência de autonomia dos indivíduos, bem como da ausência de leis e normas. Tendo como foco a busca da autonomia dos sujeitos. Assim, a ética possibilita o desenvolvimento de valores, mas pode ser também o espaço da transgressão, quando valores impostos pela sociedade se configuram como instrumentos de repressão, violência e injustiça.

O discurso universalizante da ética contém ainda uma divisão em ramos, para melhor analisar cada situação, sendo um bom exemplo disso os códigos éticos para as diferentes profissões. Isto porque ações têm consequências não só para o agente, mas também para os outros e que estas podem ser encaradas de vários pontos de vista. Por exemplo, deontologia - ramo da ética que trata dos deveres de profissionais; diceologia: ramo que cuida dos direitos; bioética - trata dos problemas e implicações morais despertados pelas pesquisas científicas em biologia e medicina, metaética o estudo dos aspectos lógicos de um discurso ou tratado moral etc.

Diferenças entre ética e Moral:

 
Ética
Moral
Universal Cultural
Busca o princípio racional das condutas Prescreve os aspectos de condutas especificas
Teorético/ Especulativa Normativo às práticas.
Tem como objeto os princípios que guiariam racionalmente a ação humana Tem um fim prático imediato
Tenta regular pela razão a conduta humana. Se apóia pela tradição e/ou autoridade de um grupo.
Busca dirigir e disciplinar a conduta de todos os homens e grupos Prescreve condutas a um indivíduo ou grupo
Trabalha apenas com conceitos universais. Traduz-se em várias vertentes, por exemplo: moral islâmica, moral cristã, moral judaica, moral platônica, moral kantiana etc.


 Fontes:


http://www.notapositiva.com/resumos/filosofia/eticavsmoral.htm
http://www.notapositiva.com/resumos/filosofia/moraletica.htm
http://tvmuniz.blogspot.com/2008/04/tica-e-liberdade.html
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1434
http://ialexandria.sites.uol.com.br/textos/israel_textos/etica_e_moral.htm
http://www.esgt.ipt.pt/download/disciplina/43__%C3%89TICA%20E%20DEONTOLOGIA%20I.pdf
http://www.inf.ufsc.br/~falqueto/aGraduacao/INE5621_Info_Soc/Textos_Etica/etica_conceitos_classific.PDF

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