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A PUCPR promoveu, de 6 a 8 de novembro, o XX Seminário de Iniciação Científica (SEMIC) e a XIV Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação. A apresentação dos painéis e as palestras acontecem no Bloco Verde e no Bloco Azul do Câmpus Curitiba da Universidade.
Este Trabalho foi apresentado na XIV Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação que ocorreu paralelamente ao evento principal.
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Abaixo segue o conteúdo da minha apresentação:
Introdução
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Figura 1 - Eichmann durante seu julgamento (5 de Abril de 1962). |
Eichmann em Jerusalém (1963) traz uma nova abordagem do problema que Hannah Arendt se debruçava há anos: a Crise da Tradição. Como chefe de uma sub-seção da Gestapo, Otto Adolf Eichmann administrou a logística de evacuação de milhares de judeus aos campos de extermínio. Apresentarem-no como uma personalidade pervertida , mas a autora percebe-o de maneira diversa,
“era bastante comum, banal, e não demoníaco ou monstruoso. Nele não se encontrava sinal de firmes convicções ideológicas ou de motivações especificamente más”.
A única característica realmente marcante do réu
“não era estupidez, mas uma curiosa e totalmente autêntica incapacidade para pensar.”
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Figura 2 - A morte de Sócrates. Óleo sobre tela Autor: Jacques-Louis David (1787). |
Arendt percebe, deste modo, um novo motor para a maldade: a irreflexão. Como os escombros de nossa tradição de pensamento não permitem repostas, Arendt propõe uma releitura de Sócrates sinalizando uma saída para este impasse: será que o pensar pode “condicionar” os homens a se absterem do mal?
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Figura 4 - Hannah Arendt (1906 - 1975) |
Objetivos
- Ilustrar o significado de Eichmann enquanto manifestação do fenômeno da irreflexão;
- Compreender o sentido arendtiano de Crise na Tradição.
Resultados
Tendo em vista a concepção arendtiana de Crise da Tradição, como compreender as figuras de Sócrates e Eichmann em A Vida do Espírito (1975)?
A pesquisa encontra-se em fase inicial. Atualmente, buscamos maiores refinamentos no que tange à noção arendtiana de Crise da Tradição do Pensamento Ocidental.
Posição Ocupada por Eichmann em 1942.
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Figura 4 - Estrutura Burocrática da SS em 1942. |
Todo o organagrama se refere ao ano de 1942. Arendt percebe que a estrutura da burocracia totalitária seria estratificada como uma cebola. Cada estrato é independente dos outros e exibe uma aparência de normalidade ao exterior e ao estrato imediatamente interior. Descortina-se o abismo entre a verdade (que, na realidade, é ficção) da dogmática ideológica e sua manifestação material no mundo concreto. É como se, a cada estrato, a informação fosse filtrada e moldada conforme à determinação estrutural dessa composição.
NOTAS:
(1) Eichmann chefiou a Seção 4 do departamento B da Gestapo (Geheime Staats Polizei, Polícia Secreta do Estado) que “supervisionava” os judeus.
(2) No centro do organograma está SS (Schutzstaffel, "Tropa de Proteção" em português) liderada por Heinrich L. Himmler. Entre outras divisões da SS, encontrava-se o RSHA (Reichssicherheitshauptamt - Escritório Central da Segurança do Reich) comandada por Ernst Kaltenbrunner. Sua divisão era em bureaus divididos em algarismos romanos (em alemão, Ämter, ou seja, escritórios): Amt I - Organização de Pessoal e Administração; Amt II Administração, lei e Finanças; Amt III SD Inland (Sicherheitsdienst, Serviço de Segurança Interior ou Questões Internas); Amt IV Gestapo; Amt V - Kripo (Kriminal Polizei, Polícia Criminal); Amt VI - SD Ausland (Questões Externas); Amt VII - Documentação escrita. O Bureau IV (Gestapo) chefiado por Heinrich Müller era por sua vez dividido em departamentos nomeados por letras: Departamento A (Inimigos); B (Seitas e Igrejas); C (Administração e Negócios internos); D (Territórios ocupados); estes departamentos continham uma subdivisão em Seções que era representada em algarismos arábicos. Católicos (B1); Protestantes (B2); Testemunhas de Jeová, Franco-maçons e outros (B3); Judeus (B4); Pessoas de cor (B5).
[Postado em 18/10/2013 e atualizado em 2/03/2013]
[Postado em 18/10/2013 e atualizado em 2/03/2013]